O escritor Luiz Paulo Lyrio, Poeta del Mundo,foi a Barbacena, MG, conferir de perto o "Festival da Loucura"(que lamento não ter conhecido,psicóloga e repórter que sou, eternamente,além de poeta e artista plástica:um derrame de in/sanidades que dariam muito pano para muita manga.manga?De chupar ou cozer?)
Luiz , adorei.Imagino as "loucuras" fotografadas que vc não enviou...Rss...
Quero postar em meu blog, pode responder às perguntas?
Um abraço:
Clevane
N:Espero que tenha se divertido.
1 Prof.LPL, o que achou do Festival da loucura em Barbacena(além de sua expressão "Uma Loucura!", que acompanha as fotos enviadas)?
2 Percebeu que tipo de público havia -e curtia o festival -faixa etária, pessoas alopradas ou sérios professores de História conforme você,que é professor de História?
3 Chegou a saber qual o objetivo do festival?Ele acrescenta, por ex, algo à luta antimanicomial, em Barbacena, cidade marcada pelos muitos nosocômios para doentes Mentais?
4 Fez algum contato ou soube de alguém que ali já esteve, mas internado em manicômio?
5 Fale a respeito da programação.
6 Você voltaria ou voltará do próximo ano?Por que?
7 Como se sentiu ao fotografar tantos "non senses"?
8 O senhor foi identificado na fotografia de arquivo do Hoje Em Dia, de belo Horizonte, MG,na caminhada dos cem , que fez quarenta anos dia 20/03 (estou certa?).Na juventude, o senhor foi preso, como ativista, viveu a repressão da Ditadura Militar.Rememorar ,pela foto e entrevista, aquela época, mexeu nos enscaninhos da memória?
Essa repressão alienante,vivienciada na juventude, tem algo a ver com a soltura desse festival?Pessoalmente, conseguiu sentir-se livre totalmente?
9)Durante a Ditadura, alguns presos eram transferidos para os manicômios de Barbacena, pela influência de alguns poderosos, quase como um prêmio.Fale a respeito, caso deseje.
10) Depois de haver publicado, exitosamente, seu "Nos Idos de 68, você resolve reeditá-lo e não apenas o amplia, mas também "poda" certos trechos.Gostaria de comentar os motivos?
Quando deverá sair essa edição ampliada e revisada?
11 Prefaciei dois de seus livros de contos ("Marcas de Batom" e " Abdução") ficcionais, embora neste último, sua vida de 35 anos de magistério apareça de forma clara),e conheço seu estilo , que transita entre o humor, a ironia fina, a veracidade e as nuances da sua criatividade .
Esse "novo livro velho", acredito,sempre parecerá atual, para quem quiser saber sobre a repressão dos anos 60.Na qualidade de autor, é testemunha viva de um tempo. Percebe que isso é valorizado pela mídia (ou,pelo menos, antes de ser "descoberto" na foto cita) ?Os alunos tinham curiosidade em conhecer mais de perto o personagem-autor de "Nos idos de 68"? Em que os jovens de hoje diferem desses seus companheiros dos Anos 60/e 70?
Tem outros livros a caminho?
Obrigada;
Clevane pessoa de araújo lopes
(Psicóloga, repórter durante a Ditadura, em Juiz de Fora)
Belo Horizonte, MG
2008/4/7, Luiz Paulo Lírio de Araújo
Aí vão as fotos do festival da loucura da Barbacena. Definí-lo? Avaliá-lo?
Bem...então, aí vai: Uma loucura!!!!!
Lyr
Luiz Paulo Lírio de Araújo
1. Só sinto que um evento feito com tanta seriedade,dando uma visão diferente da doença mental e seus supostos portadores (quem não é?) não tenha tido uma repercussão maior na mídia. Deram mais destaque ao tal Axé no Mineirão do que ao histórico festival de Barbacena. Só quem esteve em Barbacena tem noção do que se aprendeu ali.
2. Gente de todos os tipos e idades participou dos eventos. É lógico que doutores psicólogos, psiquiatras e profesores, e seus pacientes e impacientes em geral participaram mais das atividades mais sérias, sendo que o populacho e a meninada compareceu mais atraída pelos grandes shows, como o do Marcelo D2 e da Pitt. Mas no geral, o público foi variado, apesar de parte dos nativos de Barbacena ainda ter um certo preconceito contra o festival, achando que atrai muito louco de fora (com eu, por exemplo).
3. O objetivo do festival é reforçar a luta antimanicomial e lutar contra o preconceito da sociedade contra os portaodres de doenças mentais. O Festival só não atingiu plenamente seus objetivos porque muitos (os que mais precisam de ver, ouvir e se abrir) costumam ignorá-lo.
4. Fiz contatos rápidos com vários pacientes que já estiveram internados. Mas era tudo muito rápido,muito cheio de gente e perdi muito tempo procurando velhos conhecidos.
5. A programação mesclou discussões, filmes (como ESTAMIRA, o melhor filme já feito sobre o assunto),muito circo e muita diversão.
6.Sim. Só não voltaria se eu fosse louco!
7. Nunca fotografei com tanta ansiedade. Pena que não tenha conseguido clicar mais flagrantes.
8. A passeata foi no dia 29/3. A foto mexeu com minha memória e pretendo voltar a hemeroteca do qrquivo público para ver se consigo mais flagrantes daquela época, já que estou com uma nova versão do livro NOS IDOS DE 68, que pretendo lançar ainda este ano.
Já o Festival me remeteu a outra fase d minha vida, o pós-68. Foi depois da vitória da repressão que conheci a loucura e passei a conviver com os loucos que habitam esse nosso maravilhoso mundo novo do século XXI.
9. Em 1973, "exilei-me" em Barbacena, mas não como interno de algum hospício (certos manicômios de lá merecem esse nome) e sim como professor de História na Escola Polivalente de lá. A partir daí, perdi o contato com a realidade nacional. Soube de algumas famílias que negociaram a prisão de alguns militantes, trocando-a por internação em hospitais psiquiátrico. Foi o acaso do Demétrio e de outros que, inclusive, vítimas do agravamento de sua saude mental, já morreram ou optaram pelo auto-extermínio. Mas isso tudo aconteceu quando eu estava no interior e , na época da ditadura, quem vivia no interior vivia em outro mundo e não sabia de nada que andava acontecendo nos grande centros de poder do país.
10. O objetivo da nova edição é fazer chegar nas escolas e até os jovens em geral um relato do que aconteceu naquela época. O livro, agora, pretende informar, principalmente, quem não viveu o período. Ao contrário da primeira edição, que foi quase uma satisfação aos militantes do movimento secundarista de 68. Pretendo lançar a nova edição em agosto.
11. Os jovens de hoje têm muita curiosidade sobre os anos sessenta, mesmo com uma parte da mídia fazendo questão de ignorá-los. Apesar da juventude de hoje ser mal informada, estar mais presente nos shoppings do que na vida política e social do país, e gostar mais de ler os best-sellers do mercado editorial norte-americano do que a literatura existente sobre a miséria e a desigualdade reinante no Brasil de hoje, acho que vem por aí uma reviravolta. Os jovens estão se cansando de serem alienados. Em algum momento, eles vão se politizar e atuar de novo na transformação do mundo. Mesmo que seja por puro modismo, acredito numa reviravolta neste sentido. Quanto a novos livros, estou trabalhando com muito carinho num livro de contos sobrenaturais e misteriosos, e num livro que tem como personagem central um alcóolatra que sofre de profunda depressão. Os dois livros estão praticamente prontos e sendo "lapidados".
Em 07/04/08, clevane pessoa de araújo lopes
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Luiz , adorei.Imagino as "loucuras" fotografadas que vc não enviou...Rss...
Quero postar em meu blog, pode responder às perguntas?
Um abraço:
Clevane
N:Espero que tenha se divertido.
1 Prof.LPL, o que achou do Festival da loucura em barbacena(além de sua expressão "Uma Loucura!", que acompanha as fotos enviadas)?
2 Percebeu que tipo de público havia -e curtia o festival -faixa etária, pessoas aolpradas ou s´perios professores de História conforme você,que é professor de História?
3 Chegou a saber qual o objetivo do festival?Ele acrescenta, por ex, algo à luta antimanicomial em Barbacena, cidade marcada pelos muitos nosocômios para doentes Mentais?
4 Fez algum contato ou soube de alguém que ali já esteve, mas internado em manicômio?
5 Fale a respeito da programação.
6 Você voltaria ou voltará do próximo ano?Por que?
7 Como se sentiu ao fotografar tantos "non senses"?
8 O senhor foi identificado na fotografia de arquivo do Hoje Em Dia, de belo Horizonte, MG,na caminhada dos cem , que fez quarenta anos dia 20/03 (estou certa?).Na juventude, o senhor foi preso, como ativista, viveu a repressão da Ditadura Militar.Rememorar ,pela foto e entrevista, quela época, mexeu nos enscaninhos da memória?
Essa repressão alienante,vivienciada na juventude, tem algo a ver com a soltura desse festival?Pessoalmente, conseguiu sentir-se livre totalmente?
9)Durante a Ditadura, alguns presos eram transferidos para os manicômios de Barbacena, pela influência de alguns poderosos, quase como um prêmio.fale a respeito, caso deseje.
10) Depois de haver publicado, exitosamente, seu "Nos *Idos de 68, você resolve reeditá-lo e não apenas o amplia, mas também "poda" certos trechos.Gostaria de comentar os motivos?
Quando deverá sair essa edição ampliada e revisada?
11 Prefaciei dois de seus livros de contos ("Marcas de Batom" e " Abdução", ficcionais, embora neste último, sua vida de 35 anos de magistério apareça de forma clara),e conheço seu estilo , que transita entre o humor, a ironia fina, a veracidade e as nuances da sua criatividade .
Esse "novo livro velho", acredito,sempre parecerá atual, para quem quiser saber sobre a repressão dos anos 60.Na qualidade de autor, é testemunha viva de um tempo. Percebe que isso é valorizado pela mídia (ou,pelo menos, antes de ser "descoberto" na foto cita) ?Os alunos tinham curiosidade em conhecer mais de perto o personagem-autor de "Nos idos de 68"?Em que os jovens de hoje diferem desses seus companheiros dos Anos 60/e 70?
Tem outros livros a caminho?
Obrigada;
Clevane pessoa de araújo lopes
(Psicóloga, repórter durante a Ditadura, em Juiz de Fora)
Belo Horizonte, MG
2008/4/7, Luiz Paulo Lírio de Araújo
Aí vão as fotos do festival da loucura da Barbacena. Definí-lo? Avaliá-lo?
Bem...então, aí vai: Uma loucura!!!!!
Lyr
Divulgação:
Diretora Regional do InBrasCi em belo Horizonte MG,
braço da Governadoria em MG do InBRasCI (a Governadora é Andréia Donadon, escritora e artista aldravista,a artista plástica Déia Leal, do Jornal Aldrava, na cidade primaz do Estado:MARIANA)
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